Devocionais





Quando eu era menino, ouvia muito essa expressão : “Deus dá asas para quem não sabe voar!”.
Essa colocação não tinha muito a ver comigo,tanto porque era cercada de limitações.
Todavia, como tudo, cresci aprendendo a conviver em meio dos que tinham.
Minha compreensão de quem eu era me ajudou muito a manter as amizades sem querer possuir o que elas tinham, sem me deixar levar pela inveja ou orgulho.
Muitas experiências vieram e, então, desde muito cedo, aprendi a cuidar de tudo que tinha e ganhava , passando a valorizá-los como a melhor coisa de minha vida.
Os anos passaram e descobri que, apesar de ter vivido cercado de “nãos”, eles, me ajudaram na elaboração da vida, isto é, não perdi a vontade de crescer e ao mesmo tempo entendi que a cobiça não fazia parte de minhas memórias.
Agradeço a Deus por tudo. Nasci em um tempo comum , e sempre tive uma vida simples. Entretanto, com a Graça de Deus, aprendi que o simples é ou pelo menos precisa fazer parte da vida de todas as pessoas. Independente do que elas possuem, com certeza,em algum momento de suas vidas o “simples” está presente.
Nosso calendário de vida com Deus é um “Tempo simples”. Assim, nossa liturgia de vida aponta para um tempo “simples”.
Ser simples, é ser singelo, puro, franco,é ser humilde , sincero, ser simples é não ser complicado.
Precisamos entender,que a Vida necessita de um tempo simples,precisamos encarar quem realmente somos,e deixar que nossas máscaras venham cair espontaneamente ,permitindo assim , sermos pessoas simples "comuns". E através da vida , compreendamos melhor o dia-a-dia.
Através de dias tão simples, Deus em Cristo Jesus Têm em muito nos ensinado e ajudado a ser simples.
talvez quem sabe! possamos então assim comtemplar um pouco mais do belo da vida, o simples"!












Por Rafael Ferreira

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O evangelho de João capítulo cinco, narra uma cura que Jesus operou em um homem que estava a trinta e oito anos enfermo. Ele se encontrava à beira de um grande tanque chamado Betesda. Esse tanque era sua única esperança de salvação bem como de toda a multidão de enfermos que ali estava com ele; pois, ansiosamente aguardavam um anjo mover a água, para que aquele, que primeiro entrasse no tanque, fosse sarado de sua enfermidade. Não eram poucos os que viviam naquele lugar na esperança de um milagre. Para o enfermo que Jesus se dirigiu, além de esperar "que se movesse a água", estava ele só; o que dificultava sua entrada no tanque antes de outro. Para agravar ainda mais sua situação o mover era ocasional – "porquanto um anjo descia em certo tempo" (Jo 5.4), ou seja, eventualmente acontecia um milagre. A fé e a esperança daquele homem estavam limitadas e condicionadas ao "de vez em quando", pois, foi assim a confissão que ele fez quando Jesus perguntou-lhe se queria ser curado (v. 7). Ele tornou-se refém da sua própria fé. Fé que era baseada no tanque, portanto, circunstancial.

O tanque de Betesda havia se tornado o "templo" dos enfermos congregarem, pois a multidão de cegos, coxos e paralíticos jamais poderiam freqüentar o templo junto com os demais judeus. A separação entre enfermos e sãos, era considerada um ato habitual, promovido em nome da lei, da pureza e santificação. Porém, através de Jesus, estas barreiras se rompem e os limites da fé são estendidos sem discriminações. Todas as pessoas que para a religião eram consideradas inaceitáveis, por causa de Cristo, passaram a ter acesso a graça e o favor de Deus, independente de suas situações física, social ou religiosa. Jesus toca no leproso, conversa com prostituta, senta à mesa do publicano...

Para Jesus não há "em certo tempo", mas, tempo certo! Ele é o sempre ao invés do "de vez em quando". Com Ele, sempre se abre uma possibilidade, se encontra uma saída e se alcança uma vitória. O improvável é vencido pela certeza proveniente da palavra de Jesus: "levanta-te, toma o teu leito e anda" (v.8). A palavra convenceu o enfermo, de tal maneira, que imediatamente agiu, recebendo sua cura. Ela foi o resultado do encontro do 'sempre' com o 'talvez'. A certeza prevalece sobre a dúvida; a convicção, não é alterada por causa do improvável e do circunstancial.
O sempre, sempre vence!











Por Rafael Ferreira